sexta-feira, 18 de janeiro de 2013



Documentos digitais- A velha nova era.


Reportagem escolhida :



Os documentos digitais são, por muitas vezes, discriminados com relação à confiabilidade e autenticidade, pois são facilmente adulterados e a incerteza de não saber se estes são autênticos é algo que amedronta muitos usuários deste novo meio.

 É algo inovador pela facilidade de tramitação e acesso quando falamos de documentos digitais. Certamente surgiram para diminuir ou até mesmo acabar com um dos maiores problemas enfrentados por qualquer arquivo: a falta de espaço físico. Com o surgimento dessa nova ferramenta, surgem também problemas relacionados ao documento digitalizado ou gerado eletronicamente. A partir da Lei Nº 12.682, juridicamente, os documentos digitalizados e distribuídos pelos meios eletrônicos, passam a ter o mesmo reconhecimento legal do que os em papel. Os documentos devem manter a integridade, autenticidade e confidencialidade, além de proteger seu acesso, uso, alteração, reprodução e destruição.

Na resolução nº 37 do CONARQ, a autenticidade dos documentos arquivísticos digitais devem estar apoiada em procedimentos de gestão Arquivística de documentos. O ambiente digital é propício à introdução de desconfiança com relação à autenticidade, requisitos mínimos de segurança devem ser considerados para que não haja desconfiança pelo usuário, como por exemplo, a certificação digital, a comprovação de origem e da autoria do documento. As diretrizes apresentadas na Resolução citada acima têm por finalidade instrumentalizar os produtores e custodiadores de documentos arquivísticos para uma presunção na autenticidade dos documentos. Ruipérez enfatiza sobre o cuidado com as identificações de séries que deve estar presente em todo o percurso da documentação, desde o seu nascimento até sua destinação final, atividades como classificação, avaliação e descrição ajudam nesse processo. Mesmo com tantos benefícios quando falamos de documentos digitais ainda há pessoas relutantes em deixar documentos em suporte de papel de lado, segundo Lopez (1999), “O passado palpável se perde para dar espaço a suas representações”, neste sentido podemos observar a necessidade de mostrar como o passado nos remete há mudanças e que as mudanças fazem parte do presente, estão acontecendo, com a proliferação do conhecimento, seja ela, por exemplo, em forma de documentos digitais, é necessário para o “autoconhecimento da sociedade”.
  
A reportagem escolhida pelo grupo retrata a digitalização dos processos no fórum de Jundiaí, São Paulo.  Onde começou a disponibilizar processos das varas civil, de família e pequenas causas pela internet, otimizando sua consulta e acesso com maior rapidez.

Os advogados fazem petições pela internet e enviam diretamente ao tribunal de justiça e que para ser validado é necessário que tenha um certificado digital. Com este é possível comprovar que tais processos são autênticos diante do tribunal de justiça. Esta novidade não agrada a todos, muitos advogados reclamam que não tem certificação para enviar processos pela internet, alegando que o sistema precisa de maiores adequações para melhorar seu uso, o sistema digital começou a ser implantado no fórum de Jundiaí a cerca de três meses e neste tempo mais de dois mil processos que deveriam dar entrada no setor, foram disponibilizados na internet.

O primeiro problema apresentado na reportagem é a falta de prazo de adequação por parte dos advogados em relação ao novo modo do sistema digital implantando pelo Fórum de Jundiaí. O problema decorre, porque são poucos advogados que possuem a certificação digital. Segundo o Superior Tribunal de justiça: “... O certificado digital, também denominado identidade digital, pode ser adquirido por qualquer cidadão, empresa ou entidade diretamente de qualquer uma das Autoridades Certificadoras (ACs) que integram a chamada Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP-Brasil)...”

Sem a certificação digital, os advogados não podem anexar petições, analisar o processo e executar outras ações, ou seja, toda a tecnologia que foi criada para facilitar não possui validade se não tiver a certificação.

A reportagem relata a facilidade de acesso, a economia de papel, tempo e dinheiro com a digitalização. Os processos no suporte físico é um problema, por causa da quantidade de espaço, da dificuldade de locomoção, de acesso, de organização, entre outros. Porém em nenhum momento é citado quais são os problemas gerados pela digitalização. A grande questão é: depois de digitalizados os processos, como estes estão organizados, é feita uma gestão eletrônica dos documentos, há tabela de classificação, de temporalidade ou se há eliminação?

Sobre essas questões não se ouvem discursões nos próprios tribunais, fóruns e nas mídias – que mostram penas os lados positivos da digitalização, como na reportagem. O que acontece no Brasil, que foi relatado na palestra do Leonardo Moreira, primeiro é implantado um sistema e depois tentam fazer um planejamento. Havendo um custo de recurso material e dinheiro público, na maioria das vezes, esses sistemas estão voltados para a execução da acessibilidade e não como deve ser feita a organização dos documentos.

A ênfase dada à economia de papel e de dinheiro se for bem observada não é tão verídica, pois mudam-se as formas mas não o resultado. Se antes gastava-se papel, agora é necessário criar ou pagar para utilizar um software.

Para conseguir realizar uma organização dos documentos, deve-se conhecer o mesmo diplomaticamente, saber se possui autenticidade legal e\ou histórica. E a partir dessas informações fazer a análise tipológica, conseguindo definir as séries documentais para que haja a elaboração de no mínimo um plano de classificação para estes documentos digitais.

5 comentários:

  1. Boa-tarde.
    A atividade foi muito bem realizada, foi adequada à proposta, aos textos e, a questão da problemática das chaves públicas foi muito bem pontuada!
    Não se esqueçam de fazer os comentários individuais, ok?

    À disposição.

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  2. A palestra do Leandro sobre os documentos digitais nos faz um aleta o quanto os órgãos públicos estão tentando evoluir nas suas bases de dados para que não haja fraudes, adulterações e que os documentos enviados sejam autênticos.
    A reportagem escolhida pelo grupo retrata a digitalização dos processos no Fórum de Jundiaí em São Paulo, porém os processos realizados só estão pensando apenas na primeira fase que é: o fácil acesso, agilidade da informação e da justiça, mas quanto a sua organização no meio digital ainda não se houve falar.
    Penso que a digitalização não é toda essa maravilha que é divulgado pelas mídias, falta muita coisa a ser melhorado como, por exemplo, os níveis de segurança, confiabilidade e recuperação da informação

    Raissa Mota Castro- 10\0120920

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  3. Na palestra do Leonardo Moreira, ficou claro que o certo antes de ser implantado um sistema de digitalização e fazer um bom planejamento para aproveitar ao maximo os benefícios da digitalização como: menor custo de material e tempo, melhor acessibilidade, menor espaço utilizado, etc.
    Mas também devemos nos preocupar em fazer uma gestão eletrônica, e nos prevenir para que não aja fraudes nos documentos eletrônicos.

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  4. Vinicio Luis 10/0126707 A documentaçao digitalizada ou criada eletronicamente, certamente, veio para otimizar os processos arquivísticos, além de diminuir o espaço fisico dos acervos. Na palestra do Leonardo Moreira, ficou claro os beneficios atribuidos ao gestao eletronicas de documentos, pontuando principalmente, os requisitos necessarios para uma confiabilidade aos documentos eletronicos.Gostei principalmente da parte em que ele cita sobre a importância da diplomatica documental desde o nascimento do documento até sua destinaçao final.

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  5. como foi dito na palestra do Leonar os documentos digitais teem um grande beneficio hoje em dia para a populacao seja ele em maior agilidade no processo em diminuicao da ocupacao de especo dentre outros, mas também há o lado ruim como ainda ser algo que é utilizado por minoria da populaçao, como foi dito no texto do grupo, a excessao deve ser tida como regra e toda a populacao deve ter direito ao acesso a estas informaçoes é a nova era, a informatizaçao, e tem que ser disponibilizada a todos. Douglas Mendes Zica de Oliveira

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